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Mas a Covid-19 apenas acelerou um problema de abastecimento que sustenta o mercado desde a última crise financeira. Eis o que levou o mercado imobiliário a ser tão caro como é hoje e para onde o mercado está se dirigindo. De 1968 (quando começaram os registos de novas habitações) até 2008, os construtores concluíram uma média de 1,53 milhões de casa a venda todos os anos, de acordo com dados do US Census Bureau. Durante esse período, as construtoras construíram casa a venda suficientes para manter a oferta e a procura relativamente equilibradas.

Mas depois de alguns anos de grave excesso de construção no início da década de 2000, a bolha rebentou e a crise financeira chegou. Desde então, uma média de apenas 936.000 novas habitações foram concluídas todos os anos, de 2009 a 2021 – menos 39% por ano desde a última crise financeira. Ou seja, a oferta do mercado imobiliário nunca recuperou totalmente os níveis observados nas décadas anteriores a 2008.

Alguns construtores fecharam as portas e, com um excesso de casa a venda vazias dos anos da bolha, outros estavam relutantes em começar a construir novamente. Muitos trabalhadores da construção deixaram a indústria. “Na raiz de tudo isto está simplesmente o facto de não ter sido fornecida oferta suficiente ao longo dos últimos anos”, disse Daniel McCue, investigador associado sénior do Centro Conjunto de Estudos de Habitação da Universidade de Harvard.

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